Ataque da Mosca das Frutas
A larva que estragou o pêssego chama se “Mosca das Frutas”
*Foto da Embrapa. Esquerda femea, direita macho.
Ela ataca muitos espécies de frutas e o seu estrago é muito grande.
Se não fizer o controle pode perder 100% da produção, como no caso da fruta no quintal.
O dano econômico é tanto que vários países como Japão, Estados Unidos fizeram exterminar este inseto. Por isso exportar fruta brasileira para estes países existe a norma super rigorosa para evitar reinfestação.
A pesar da larva é nojenta, se ingerir acidentalmente não tem risco da saúde.
A fruta estragada perde o valor comercial mas pode consumir tirando a parte estragada.
No pomar comercial, qual tipo de fruta que seja, também no meu pomar, tomados duas medidas para o controle.
-A primeira o uso da isca tóxica.
Como no caso do mosquito, precisa alimentar do sangue para poder produzir ovos, a mosca das frutas precisa alimentar de proteínas para produzir ovos.
Então o uso de atrativo proteica misturado com a insecticida, aplicado na borda e no interior do pomar, diminui a população do adulto da mosca.
-A segunda é a pulverização da insecticida no pomar no momento certo.
A mosca começa atacar quando a fruta inchar e ficar perto da sua maturação.
Então pouco antes de neste momento passa inseticida e mata a larva recem nascida.
A larva começa mergulhar para o centro da fruta logo logo, assim qualquer produto fica fora do alcance.
Mas temos problema. Exsiste muito pouco produto registrado na cultura e a sua ação é insuficiente.
Por que?
No Brasil tem a norma de registro do defensivo é demasiadamente burocrático e seu processo leva muitos anos além de ser muito honeroso.
No Brasil, o maior mercado de defensivos é para os cereais como soja e milho. Naturalmente o fabricante não interessa registrar e introduzir novos produtos para o setor de hortifrúti por questão de custo benefício..
Quem tem que se virar no meio é o produtor.
Imagine o exemplo da dificuldade. Tem um produto cuja carência para colheita é 14 dias mas o efeito dura apenas 7 dias. Não dá para usar.
Infelizmente hoje na cultura do Pêssego não tem produto que tem a carência menor do que duração do efeito.
Daí abre a janeira para que a larva da mosca desenvolver.
O meu 15 anos de trabalho do pêssego sempre tive o problema da mosca. Mas não nesta intensidade. Pelo tamanho da mosca todo igual nas todas as frutas do talhão inteiro, indica que o ataque ocorreu no talhão inteiro questão de 1, 2 dias com o grande número de adultos.
Algo anormal.
Associado a chuva todo dia no período, dificultou a entrada de pulverizador no pomar, provocou atraso de trabalho de proteção.
Agora diante, apartir de fevereiro já começa a safra do caqui.
Vou levar esta lição para proteger o caqui.
Pretendo reforçar a armadilha com a isca.
Fico indignado comigo mesmo.
Trabalho ano inteiro com a dedicação total e investindo adubo, defensivo pagando o preço muito superior da infração, comprando as caixas todo pronto, por falta de trabalho no último segundo falhei água por baixo.
Mas ganhei a lição.
Parceiros me oferecendo ajuda acreditando em min.
Agradeço a deus vou caminhar para frente.